Imagem: da autora

Falvinge, em seu texto, aborda a história do copyright desde 1350 até os dias de hoje. A princípio, as cópias eram feitas a mão por um escrivão, porém a quantidade de livros que se podia produzir era limitada por conta do custo e também por conta da censura. Em 1452, Gutemberg revolucionou ao aperfeiçoar uma combinação de técnica de impressão por pressão, além de, ao mesmo tempo, estar sendo empregado um novo tipo barato e abundante de papel. Posteriormente, a rainha Maria I, ao sentir que o catolicismo estava sendo ameaçado por conta da distribuição de informações favoráveis ao protestantismo, resolveu desenvolver um sistema de monopólio. Tal sistema, que se chamava copyright, fez com que a Inglaterra possuísse o monopólio de todo material impresso, mostrando-se eficaz no combate à liberdade de expressão. Em 1688, houve a Revolução Gloriosa que mudou radicalmente a composição do Parlamento e mais adiante o copyright parou de existir. Já em 1710, o novo monopólio do copyright foi decretado com o objetivo de assegurar os lucros aos editores. Mais para frente, em 1800, o Parlamento aprovou a lei das bibliotecas públicas, beneficiando a população, mas ao mesmo tempo prejudicando os proprietários dos monopólios de copyright. Em 1886, a convenção de Berna foi assinada com o objetivo de determinar que os copyrights de um país fossem respeitados pelos demais e a agência BIRPI foi criada para fiscalizar isso. Essa agência cresceu e funciona até hoje sob o nome Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O último período ao qual o autor menciona vai de 1960 a 2010 e se caracteriza por dois fatos: a introdução do tema do monopólio comercial do copyright por proprietários de marcas e, como consequência, a ameaça dos monopólios a direitos humanos fundamentais e a expansão corporativa e política do monopólio do copyright.


por Mariela Salvini