Em seu texto Rick Falkvinge descreve o percurso do copyright ao longo da história. O autor nos mostra como a igreja católica controlava o conteúdo do que seria reproduzido, e como a invenção de Gutemberg em 1451 culminou num retardamento, não total, mas considerável desse processo pois, ao mesmo tempo que utilizava de recurso mais barato, fornecia impressões rápidas e mais exatas. No
entanto, o domínio sobre o conteúdo que circularia não teve fim com a invenção de 1451, no reinado de Maria I na tentativa de restaurar o catolicismo na Inglaterra protestante, a rainha publicou um decreto que conferia as impressoras o monopólio total de todo material impresso, no entanto, as impressora tinham de se limitar à
censura prévia.
Um decreto de 1453 declarava obrigatório o registro de impressoras, editoras e autores na Companhia de Livreiros de Londres, no entanto, reflexos da Revolução Gloriosa fizeram com que a companhia fosse extinta e o copyright deixasse de existir, culminando na proliferação da criatividade. Movidos por interesses
puramente lucrativos, impressores e editores protestaram pela volta do monopólio do copyright, manifestação essa que foi aceita e culminou no decreto que passou a vigorar em 10 de abril de 1710. Evidenciando que, desde o início o monopólio fora constituído de censura e movido por lucros por parte dos editores.
Com o preço dos livros lá em cima, a população da Inglaterra via-se na necessidade de trocar e emprestar livros, fato este que causou desagrado nos editores. Dessa forma, estes reivindicaram ao parlamento a proibição das bibliotecas públicas para assegurar a venda máxima das obras. Não obtiveram êxito, e em 1850 foi inaugurada a primeira biblioteca pública.

O modo de produção e circulação dos textos não se configurou da mesma forma no mundo todo, já que, em países com os Estados Unidos, o copyright se configurou como uma prática “...para promover o progresso das ciências e da arte”.


por Julia Santana