Imagem: História do Mundo

Rick Falkvinge reúne em sete capítulos, a história do copyright de maneira esplendorosa. Não é só mais um texto científico academicista. É uma narrativa que insere o leitor na verdadeira história do copyright.
A peste negra devastou a Europa nos anos 1350. E o copyright foi prejudicado. A classe eclesiástica foi a que mais sofreu diretamente com a doença, e a que mais demorou para se recompor. A consequência disso foi a diminuição do número de livros feitos nessa época, já que quem fazia isso era os padres e freiras. Um trabalho manual de cópia, na mão, era a chave quando alguém precisava da cópia de um livro. 
Passados cento e cinquenta anos dessa epidemia, Gutenberg inventa a imprensa, o que resolveria mais da metade dos problemas enfrentados pelos escrivães copistas. A Igreja não aceitou muito bem essa ideia, com a máquina de Gutenberg, como ela controlaria a reprodução dos livros? A informação?
A Igreja passou anos tentando acabar com essa inovação tecnológica, com os mais variados argumentos. Lei foi criada, e queriam o fim das livrarias. Totalmente fracassada, pois livrarias piratas foram criadas em grande parte do território, especificamente o francês (desde muito tempo franceses fazendo revolução). Até essa discussão chegar em terras americanas, o copyright passou por muita coisa na Inglaterra. Até a disputa pelo seu monopólio foi colocada a jogo. 
Somente nos EUA que o copyright foi estabelecido com patentes em sua legislação. Essa medida levou o copyright para uma linha tênue entre cultura e acesso público. 
O que podemos depreender de toda a história que perpassa a escrita, o copyright, livros e etc, é que o mundo entorno desses assuntos sempre foi regido por leis e lutas. A escrita é valiosa desde muito tempo, e ao notarem esse poder, controlavam povos e culturas.  

por Fernanda Silva