Imagem: Vincent van Gogh, Still Life with French Novels and Glass with a Rose, 1887

Falkvinge publicou em seu blog uma série em sete capítulos chamada História do Copyright, em que abrange o período de 1350 até 2011.

A história começa em 1350, quando livros eram feitos por copistas religiosos, que diminuíram em número pela peste negra, já que muitos jovens precisaram cuidar de suas famílias e não puderam mais servir a Igreja. Então, em 1451, a invenção de Gutemberg deu origem à imprensa, fazendo com que o serviço de copista não fosse mais necessário e possibilitou a divulgação da informação mais agilmente. A Igreja, mesmo em falta com o ofício de cópia, não gostou desse invento, já que com isso perdeu o controle sobre as informações que eram de acesso público. Assim, a instituição tentou convencer governantes a criar leis para impedir essa divulgação do conhecimento, o que não foi capaz de impedir que gráficas clandestinas existissem.
Desse momento, que contextualiza a relevância da Igreja Católica nessa história, seguiu-se a criação do protestantismo pelo rei Henrique VIII, que culminou com a posse de sua filha, antes considerada ilegítima pela Igreja Católica, em rainha da Inglaterra e quem inventou o copyright. A partir de então leis sobre livros tiveram seus altos e baixos, envolvendo diversas instituições, privadas ou não, e governos diferentes pelo mundo. Porém, mesmo em momentos de censura, havia pirataria e divulgação do conhecimento literário.
A história mais atual do copyright envolve monopólios corporativos privados que, mais do que interessados na preservação do conhecimento, se preocupam com lucros. Partindo desses interesses são criadas diversas instituições, muitas a partir dos Estados Unidos, que regulamentam leis sobre publicações de propriedades intelectuais pelo mundo, não só sobre livros, outras criações, como música, também são abordadas nessas leis.

por Ana Paula Slompo