Imagem: Arts Law Centre of Australia
Primeiro, eu tenho que contar que em 1350, a peste negra quase acabou com os escrivães. Na época, padres e freiras eram os responsáveis pelas escritas e cópias de livros e, quando a peste assolou o oeste europeu, a criação de livros se tornou muito escassa. Aí entra em cena Gutenberg, em 1451, trazendo uma tecnologia para a impressão de livros: a prensa de Gutenberg.

Começou a caça! A Igreja incentivava reis e rainhas de toda Europa para que banissem essa tecnologia, pois tirava a população de seu controle, já que não havia como vigiar o processo de produção e o que era escrito nos livros.

Só que toda boa história precisa de um pouco de drama familiar. Henrique VIII, rei da Inglaterra, andava incomodado com seu casamento; queria um herdeiro menino, mas só tinha a filha Maria. Ao invés de culpar o patriarcado, ele resolveu culpar a Igreja, quando esta não lhe deu permissão para um divórcio. Henrique era criativo: fundou uma nova religião, casou-se novamente e teve um filho.

Contudo, o rei não esperava que seu herdeiro fosse morrer aos oito anos e que Maria seria a próxima na sucessão do trono. Depois de tudo, a garota estava emputecida! Além de assumir o trono, fez de tudo que pode para que o catolicismo vigorasse na Inglaterra novamente e, assim, a censura de livros voltasse a fervilhar no país. Só que, dessa vez, a censura não contaria somente com os interesses da igreja; seria uma fusão entre os interesses do governo e das corporações que poderiam lucrar com isso, um monopólio. E adivinha? Foi assim que Maria I criou o primeiro conceito de copyright!

por Karina Rodrigues