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Anos 1350: Os clérigos faziam as cópias dos livros à mão. A Igreja, no controle da informação a ser reproduzida e administrando os altos custos, ficou desfalcada com a peste negra. Em 1451, o ofício dos copistas foi superado pela técnica de impressão criada por Gutemberg. Com isso, a Igreja, sem domínio sobre a reprodução, se revoltou, criou uma lei que impedia a técnica, mas foi derrotada por gráficas piratas.
Anos 1550: a rainha Maria I buscava ajudar o catolicismo contra a imprensa escrita: fez-se cúmplice da Corporação de Impressores da Inglaterra cedendo monopólio lucrativo, chamado copyright, sobre a atividade em troca da censura do que seria impresso. 
Anos 1600: Começa o combate à censura real. O sucesso se deu na extinção do monopólio dos Livreiros apenas em 1695. Mas em 1709 um novo monopólio foi decretado pelos impressores. 
O copyright foi introduzido na legislação americana, porém, com objetivo de ampliar a cultura e o conhecimento para a sociedade. Na Inglaterra, só os ricos possuíam livros e os emprestavam para pessoas comuns, o que incomodou os editores. O Parlamento inglês, assim e por sua vez, criou bibliotecas públicas acessíveis a ricos e pobres.
Fim dos anos 1800:  o francês Victor Hugo deu aos autores alguns direitos, empobrecendo o público. Sua iniciativa resultou na Convenção de Berna, não assinada pelos EUA.
Século 20: a música marcou o debate sobre copyright. Em meio a altos e baixos, a indústria defende o copyright desde 1961 independente de não ter um monopólio de copyright, mas apenas um “direito conexo”.
De 1960 a 2010: o tema do monopólio comercial do copyright é introduzido pelos proprietários de marcas ameaçando direitos humanos fundamentais; há a expansão corporativa e política do monopólio do copyright e de outros monopólios.

por Núbia Lima